Quais são os segmentos da indústria com maior consumo de energia no Brasil?

Quais são os segmentos da indústria com maior consumo de energia no Brasil?

Em 2022, o consumo de energia na indústria alcançou mais de 150 GWh, cerca de 84% de toda a distribuição do país.

Em 2022, o consumo de energia na indústria alcançou mais de 150 GWh, cerca de 84% de toda a distribuição do país. 

No último ano, o consumo de energia na indústria aumentou 2,2% em relação a 2021. Dentre os dez setores com maior consumo, estão o têxtil e o de papel e  celulose. Estes apresentaram o índice com maior crescimento, segundo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que disponibilizou em meados de junho o Anuário Estatístico de Energia Elétrica de 2023 (ano-base 2022).

Para conhecer os segmentos da indústria com maior consumo de energia no Brasil, continue lendo o conteúdo a seguir.

Aproveite a leitura!

1. Metalúrgico

Devido ao salto tecnológico dado pela indústria metalúrgica diante dos desafios da pandemia, o setor aumentou o consumo de energia elétrica em 3,41% em comparação com 2021, somando 45.101 GWh.

O alto consumo elétrico na área se dá principalmente pela geração de altas temperaturas, uso de fornos, maquinaria pesada e equipamentos que demandam grandes quantidades de energia para a fabricação dos produtos. Em muitos casos, o custo da energia representa mais de 20% dos gastos totais de produção, chegando a até 70% em setores eletrointensivos, como ferroligas, alumínio e gases.

2. Produtos alimentícios

Segundo divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor alimentício é responsável por 10,6% do PIB brasileiro. Como justificativa para o alto nível de consumo de energia, está a utilização de maquinários para aquecimento, armazenamento, refrigeração e manuseio dos produtos.

3. Químico

A indústria química ocupa o terceiro lugar entre os dez principais setores industriais com alto consumo de energia. Em 2022, sua demanda atingiu 19.439 GWh, cerca de 10% do total consumido. 

Com o objetivo de assegurar a sustentabilidade e a competitividade do setor, há um foco crescente no aprimoramento dos sistemas de monitoramento do consumo energético, bem como na racionalização do uso de energia e água, por meio da implementação de processos e equipamentos mais eficientes.

4. Produtos minerais não metálicos

Os produtos minerais não metálicos são extremamente importantes para a sociedade. Entre os mais utilizados no cotidiano estão o vidro, a cerâmica, o cimento, a argila e o gesso. 

Durante o processo de transformação do mineral, é necessária a dissolução de produtos químicos, ocorrendo a formação de lama. Esse processo requer maquinários de grande porte e de alta precisão, que requerem uma alta demanda de energia.

Em 2022, o consumo de energia na indústria de mineração alcançou 14.363 GWh, cerca de 7,9% de toda a participação do país. No entanto, esse número já chegou a ser maior nos anos anteriores, mas vêm caindo gradativamente devido à procura por geração de energia própria por parte das mineradoras. 

5. Extração de minerais metálicos

Fazendo menção à geração própria de energia pelas mineradoras como exemplo, essa medida representa uma alternativa adotada para suprir a considerável demanda energética do segmento.

De acordo com o Anuário Estatístico de Energia de 2023, com ano-base 2022, o setor de extração de minerais metálicos obteve 12.753 GWh de energia consumida (7% de participação).

6. Borracha e material plástico

A indústria de borracha e plástico é uma grande consumidora de energia elétrica, principalmente devido à utilização de maquinaria pesada para o resfriamento e a modelagem dos materiais. Esses equipamentos, muitas vezes automatizados e em operação contínua, são essenciais para o processo produtivo, mas também são responsáveis por uma parcela significativa do consumo energético da indústria de borracha e material plástico, a qual ocupa o 6º lugar no ranking.

7. Papel e celulose

A indústria de papel e celulose possui um elevado consumo de energia industrial devido aos seus processos intensivos, como o cozimento da madeira, a secagem do papel e o tratamento da água. O uso de biomassa para energia e o transporte de matérias-primas também contribuem. 

8. Automotivo

Devido à utilização de máquinas potentes que requerem uma quantidade substancial de energia para operar, a indústria automobilística ocupa o oitavo lugar no ranking dos setores com maior consumo industrial de energia no Brasil.

Atualmente, o país possui 20 empresas competindo no mercado, com 65 fábricas em 11 estados, que somam a capacidade instalada de 4,5 milhões de veículos anualmente e cerca de 5.500 concessionárias.

9. Têxtil

Desde 2021, o segmento têxtil vem apresentando quedas no consumo de energia elétrica, alcançando, em 2023, uma redução de 3,5% em toda a participação. Essa diminuição na demanda é resultado de diversos fatores, principalmente do aumento das compras internacionais em plataformas como Shein, AliExpress e Shopee, o que, consequentemente, levou a uma redução na produção e fabricação em território nacional.

10. Produtos metálicos

O segmento de produtos metálicos tem um alto consumo de energia devido aos seus processos de produção, iluminação e aquecimento direto. Ao todo, o consumo anual de energia do segmento, em 2023, exceto máquinas e equipamentos, foi de 4.265 GWh, cerca de 2,4% da demanda total.

Consumo consciente de energia: 2 soluções para reduzir o consumo de eletricidade na sua empresa

Se as altas despesas com eletricidade estão interferindo no crescimento da sua empresa, saiba que é possível minimizar essa situação a partir de duas soluções oferecidas pela Enel Comercialização e Trading: a autoprodução de energia e a migração para o Mercado Livre de Energia. Conheças-as a seguir:

1. Autoprodução de energia elétrica

Na autoprodução de energia, os associados podem suprir sua demanda elétrica ou parte dela. Para isso, é necessário que a empresa contratante se torne sócia de uma das usinas do Grupo Enel, por meio da Sociedade de Propósito Específico (SPE), e que tenha, no mínimo, uma demanda mínima contratada de 3 MW. 

Após essa etapa, o autoprodutor passa a gerar a sua própria eletricidade, seja no ponto de consumo ou em outro local. No caso de excedentes, ele poderá comercializá-los desde que esteja registrado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Se a unidade geradora estiver no mesmo local do consumo e se não houver exportação para o sistema, o registro não é necessário.

Além da redução com os custos energéticos e a comercialização dos excedentes, a empresa, ao escolher se tornar uma autogeradora de energia, assume um comprometimento com o meio ambiente, adquirindo credibilidade no mercado. 

  • Para saber mais sobre a autoprodução de energia, clique aqui.

2. Mercado Livre de Energia

O Mercado Livre de Energia é um ambiente de contratação de energia, onde o próprio consumidor pode negociar diretamente com um gerador ou comercializador de energia elétrica detalhes como preço, prazo e volume de acordo com a sua própria necessidade. 

Em comparação com o mercado cativo, os valores do ambiente livre são extremamente competitivos, o que permite uma economia expressiva nos gastos com energia. Além disso, nessa modalidade, os consumidores não ficam reféns das tarifas reguladas pelo governo e têm a liberdade de escolher seus fornecedores. 

Desde 2024, quando houve a abertura do Mercado Livre de Energia para clientes de média e alta tensão, cerca de 19 mil unidades consumidoras já iniciaram o processo de migração para o ambiente livre, segundo a ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia). Com isso, estima-se que o consumo de energia no país aumente, atingindo até 46%.

Leia também: saiba como fechar o melhor acordo de energia no Mercado Livre com a Enel

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